O cheque especial está entre as modalidades de crédito mais caras do mercado — ou seja, com juros mais elevados. Trata-se de uma linha pré-aprovada pelos bancos e que funciona como uma reserva para uso emergencial dos clientes.
Dados publicados pelo Banco Central do Brasil (BC) no início de setembro/24 mostram que as taxas de juros para pessoa física no cheque especial podem chegar a quase 170% ao ano (ou a 9% ao mês), a depender da instituição financeira.
Esse tipo de crédito está vinculado à conta corrente e fica à disposição do correntista, que pode movimentar os recursos diretamente pelo aplicativo do banco, por exemplo, sem precisar recorrer à instituição.
O cheque especial é acionado automaticamente quando o cliente realiza uma transação com valor superior ao que ele tem em conta. Nesse caso, a parcela que vai entrar na linha de crédito é a diferença entre o saldo e o valor movimentado.
A praticidade, a rapidez no uso e o fato de ser um crédito pré-aprovado e sem garantia para o banco são algumas das características que explicam por que os juros dessa modalidade são tão elevados quando comparados com linhas de mais longo prazo.
Mas é importante lembrar que essa modalidade pode ser considerada uma aliada em casos de emergência.
Por outro lado, os altos juros podem ser uma armadilha — especialmente para quem utiliza os recursos sem um plano para quitação imediata do empréstimo.
Thaísa Durso, da Rico, classifica o cheque especial como “uma mão na roda” para emergências como despesas médicas inesperadas ou um conserto que precisa ser feito imediatamente.
Segundo ela, o uso da linha de crédito é justificado apenas quando não há outra fonte imediata de dinheiro.
Apesar de ser uma modalidade com uma fama ruim, o cheque especial pode exercer um papel importante se usado de forma adequada.
Quando evitar — e por quê?
O principal problema desse tipo de empréstimo são justamente os altos juros.
Veja abaixo uma simulação da evolução da dívida ao longo do tempo, no cheque especial e em outras modalidades. A tabela foi feita pela economista da Rico com base nas taxas de juros médias de julho de 2024.
Evolução de uma dívida de R$ 1.000 (juro médio – % ao ano)
Modalidade | 1 mês | 6 meses | 1 ano |
Cartão de crédito rotativo | R$ 1.149,51 | Legislação limita a 30 dias | Legislação limita a 30 dias |
Cartão de crédito parcelado | R$ 1.088,94 | R$ 1.667,33 | R$ 2.780,00 |
Cheque especial | R$ 1.071,02 | R$ 1.509,30 | R$ 2.278,00 |
Empréstimo pessoal não consignado | R$ 1.054,71 | R$ 1.376,59 | R$ 1.895,00 |
Fonte: Rico, com base em dados do Banco Central
Além dos juros, existe também o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é cobrado desde o primeiro dia em que o cliente usa o cheque especial, o que pode aumentar ainda mais o custo.
Caso você precise usar essa linha de crédito, é essencial ter um plano bem definido para pagá-lo dentro do prazo previsto. Isso ajuda a evitar acumulação de juros, que podem sair do controle.
Lembre-se: antes de utilizar, verifique as taxas e o prazo para as cobranças, já que há bancos que oferecem alguns dias sem juros.
Fonte G1
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